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atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

27.6.12

Moriarty morreu?, v. há um homem que está a morrer, talvez fosse melhor deixá-lo morrer em paz. número cinco, número seis, número oito. não nos pagam para ficarmos quietos ou esquecermos. número seis. o homem só é humano quando é simbólico. que sentido faz isto?, o gajo é louco. o cheiro do café interrompeu-lhe a concentração. necessitamos de decifrar a loucura dele. o espanto do parceiro, como?, e a dúvida. não sei, vamos tentar.

referência

20.6.12

Moriarty morreu?, iv. número sete. o mesmo procedimento. não sei quem és e não quero saber. se leste isto, a culpa é tua. a mesma caligrafia.

referência

13.6.12

Moriarty morreu?, iii. sobre a secretária está uma folha de papel amarrotada. número um. ele desembrulha-a, passa a palma da mão sobre ela. lê o que está escrito. tens a américa dentro de ti, não podes ser mais no contrato de solidão que firmaste. então? tens a américa dentro de ti, não podes ser mais no contrato de solidão que firmaste, em caligrafia impecável. o meu trabalho, o nosso trabalho, não é acreditar.

referência

6.6.12

Moriarty morreu?, ii. animal em fuga para a aclamação, quieto no sangue, aí persiste. matou, comeu, foi pugilista antes de ser eleito. viveu a aguentar quão puras as mãos foram. o que é que isto quer dizer?, lieutenant.

referência

2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).