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atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

16.9.09


apólogos de Pascal, i. creio serem necessárias poucas palavras para nos entendermos. somos superfície e, neste sentido, compatíveis. quando dizemos sim, sim significa sim. quando dizemos não, não significa não. quando dizemos talvez, talvez significa contingência e lidamos relativamente bem com as contingências. ao contrário, as mulheres são profundas. nelas as palavras não têm necessariamente o mesmo sentido. existem no fundo delas e a comunicação é mais complexa, interessante, o que não quer dizer inteligente. nelas as palavras obedecem a um arbítrio e a uma circunstância de género. muitas vezes as palavras delas são o choque entre o que declaram e o que desejam. pouco importam as palavras, podemos dizer. ouvimos e falamos mas não é tanto o diálogo que nos detém ou concorda. elas sofrem de outro modo, são tortuosas, sofrem para fazer sofrer, sofrem para sentirem o sofrimento dos outros. neste pormenor, o da dor, as mulheres são mais inteligentes do que os homens. elas estouram de gozo quando sugerem a dor e a experimentam sugerida, porque não lhes dói. não são perversas, não se pode dizer que sejam perversas, a natureza fê-las assim. é tão só isto, elas gostam de complicar as palavras. é o que mais sofremos.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).