<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/8193618?origin\x3dhttp://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

20.5.09


o Bráulio da lavandaria. ouviu os passos, o toque de saltos altos na calçada. as mãos dele começaram a transpirar, o vibratto cardíaco intensificou-se. os passos aproximavam-se, sugerindo um andar lânguido, de passerelle, batido na pedra. ele sentia-se um território íntegro, uma biografia a crescer. advinhando a oportunidade, percebeu a compulsão da língua. no flanco oposto da esquina de onde se prenunciavam os passos, saboreava já a calidez dos trinta e sete graus centígrados, a hemoglobina vertida nos lábios. naquela noite, não obstante a menstruação que era capaz de cheirar, não haveria de lavar lençóis.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).