<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8193618\x26blogName\x3datelier+de+domestica%C3%A7%C3%A3o+de+dem%C3%B3nios\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/\x26vt\x3d-8248105175353944812', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

20.5.08


a luminescência dos amantes. e súbito calaste-te, não sei porquê. a tua sombra tornou-se débil, sim, débil, mais débil do que discreta. a tua pele ficou ilegível, sem o tom corado de antes. o teu corpo cedeu, deixou a força, o impacto. esmoreceu. arrefeceu também. she comes in colors everywhere perdeu a verdade. já não és tu, regular ou irregular. nunca como no instante anterior senti a tua palpitação cardíaca assim, acelerada, o meu corpo tão entranhado no teu, os nossos corpos a corresponderem no ritmo e na violência. mas era apenas para imitarmos les amants de Magritte, não era para sufocares com a fronha da almofada. apertei demais? porque nada disseste? quando me arranhaste estavas a fazer-me algum sinal? querias que eu parasse? senti a tua excitação, pensei que estavas excitada, como eu. até me mordeste os lábios através do tecido. olha o meu sangue, olha a minha carne lavrada pelas tuas unhas. ele consertou o abraço, cingiu o corpo dela ainda mais ao seu, o corpo dela bambo pelo perecimento. ainda me amas? porque não respondes? a primeira lágrima sulcou no seu rosto, um traço quente. e agora? e agora? o que vai ser de nós?


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).