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atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

17.1.08


Straussmachine. não consigo pensar em Stockausen e em azul ao mesmo tempo. não consigo. a mãe estendeu-lhe uma mão, tentando emprestar-lhe tranquilidade. somos reais?, é isto que pergunto, disse com a voz exaltada. a mãe agarrou-lhe a cabeça e aconchegou-a contra o seu peito. somos reais, claro. não sentes que estamos agora aqui?, tens alguma dúvida sobre a nossa identidade neste momento e neste lugar? ele acalmou-se um pouco e soluçou. não, mãe, mas ninguém consegue responder-me e tenho fome. que mal é que eu fiz? a mãe embalou-o, como se fosse uma criança, e apertou ainda mais os braços em seu torno. sê realista, meu filho, necessitas conhecer o teu sangue, é isso, apenas. depois afrouxou o abraço e libertou um dos braços. como?, mãe, quis ele saber. há apenas uma forma de o conheceres, soltando-o. ele afastou a cabeça do peito da mãe e procurou-lhe os olhos. mas, sem fazer uma ferida em mim, como?, mãe, insistiu ele na pergunta. a mãe não respondeu. estava concentrada num gesto. e, com a adaga que agora tinha na mão, degolou-o.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).