<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8193618\x26blogName\x3datelier+de+domestica%C3%A7%C3%A3o+de+dem%C3%B3nios\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/\x26vt\x3d-8248105175353944812', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

28.1.08


o mordomo dos suplícios, ii. naquele instante, em acto, o que o preocupava não era o eventual excesso de crueldade que pudesse estar a usar. o que o preocupava era uma questão de competência, a velocidade dos seus gestos, a cadência com que infligia o plano do suplício. sabia que, se fosse demasiado rápido, o ciclo de cada tormento seria interrompido, fundir-se-ia o padecimento anterior com o seguinte, produzindo uma espécie de dor contínua e única, o que amenizaria o sofrimento do castigado. na prática não lhe interessava o tamanho da culpa do condenado. atendia sobretudo ao modo demorado e preciso, porque mais doloroso e, portanto, competente, de administrar o castigo.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).