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atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

10.10.07


êxodo. era um terrorista muito terrorista, o mais terrorista que possa conceber-se. talvez até mais do que isso, porque no seu currículo constava a devoção a Charles Lee Ray (depois Chucky e abonecado), Freddy Krueger, Jason Vorhees e Michael Myers. era um terrorista solitário, sem ismo e sem soldo, terrorista por convicção e mais nenhuma tinha, facto que o fazia não apenas ímpar mas também o mais temido dos terroristas. durante muito tempo gizou o seu plano, porém apenas depois de ter despistado um conjunto significativo de hipóteses sobre o modo como o concretizar. decidiu fazer explodir uma cidade, usando um dispositivo nuclear. ansioso, avisou a população sobre o seu intento, para poder testemunhar o alvoroço. era uma questão de perfeccionismo. não lhe bastava induzir temor aos outros, sobreviventes, a viver nas outras localidades. ele necessitava também de provocar e provar o medo daqueles que iria vitimizar. por isso propagandeou a sua intenção bastante antes do instante da explosão. quando a explosão aconteceu nenhuma pessoa estava na cidade. mas, como uma epidemia, o terror estava disseminado por muitos dos outros lugares. a população daquela cidade, hospedeira do medo, contaminou a segurança dos outros que os acolheram, num efeito de cadeia, com progressão geométrica. o pavor tornou-se o nome da ecúmena. o terrorista, esse, tranquilo, entreteve-se a comer pão torrado barrado com manteiga.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).