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atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

24.5.07


dies tenebræ, capítulo sétimo. estavam hospedados no hotel dieu. uma voz, senhor, sou a tua sombra. havia um espelho partido. insistiu a mesma voz, senhor, ouviste?, sou a tua sombra. ali, naquele momento, o reflexo era impossível. raquel estava deitada e assim permaneceu após a saída de ruben. depois, animada pelo radiador, a mancha pequena da parede do quarto alastrou. o quarto escureceu. tanto que a mancha adquiriu uma terceira dimensão e preencheu todo o espaço, sufocando raquel. a asfixia foi lenta, para permitir-lhe a consciência sofrida da sua impotência e do seu estertor. sentiu o corpo falir, a culpa a alojar-se nele e uma dor grave com ela. também ouviu jacob rir, sem ouvir. ainda a mesma voz, senhora, sou... o espelho estava partido. ___________________________________ ninguém, ninguém. e os olhos dela, sem corresponder, sem lágrimas, negros, absolutamente negros, quietos e magoados.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).