12.3.07
crónica de uma vida et cætera, iii. deus disse, falar de amor é estranho. escrever sobre amor, como tu fazes, é ainda mais estranho. porque, presume-se, o amor é uma torrente não verbal, mais do que dispensa palavras. ela olhou-o. depois desviou o olhar, como se o ignorasse. deus insistiu, o amor é um fruto, como a nêspera, percebes? eu comi esse fruto e, por isso, agora, amo-te. ao mesmo tempo estendeu uma mão, tentando alcançá-la. ela tornou a mordê-lo.
2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).