<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8193618\x26blogName\x3datelier+de+domestica%C3%A7%C3%A3o+de+dem%C3%B3nios\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/\x26vt\x3d-8248105175353944812', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

18.5.05


jesualdo, o herói que nunca mais voltou. há muitos, muitos anos, a um tal jesualdo, carpinteiro de mãos e por ofício herdado, aconteceu-lhe um dia, em razão das suas afirmadas manias, ser cravado numa trave, padecer, perecer e ser sepultado. passadas poucas luas, o cadáver ressuscitou. ninguém testemunhou a ocorrência, mas a carcaça animada saiu do túmulo onde, em mortalha, havia sido posta para o seu eviterno e sepulcral descanso. depois, diz-se, demandou jesualdo, ressuscitado, uma vassoura. serviu-lhe a primeira que encontrou. colocou-a entre as pernas, como se montasse um pégaso, e, sobre ela, voou para o céu, já domicílio de um dos que se proclamava seu pai. houve olhos, olhos de gente que já não vê, que viram essa ascenção. e esse foi o último dia em que jesualdo foi visto. desde então não voltou a ser observado, fosse com os pés sobre a terra, fosse com a cabeça entre as nuvens. o que significa que, entre os vivos, cada vez mais o seu nome é invocado em vão. é isso que dói.


2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).