<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8193618\x26blogName\x3datelier+de+domestica%C3%A7%C3%A3o+de+dem%C3%B3nios\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://atelier-de-domesticacao-de-demonios.blogspot.com/\x26vt\x3d-8248105175353944812', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>
atelier de domesticação de demónios

caderno de variações sobre dores em dó menor, por O Marquês. 

30.3.05


stabat mater. © ellen von unwerth.

referência

26.3.05


swing. a liberdade é a única das dores que se dissipa por si própria.

referência

24.3.05


the end. é deste tempo, quaresmal. morre-se. os mais desgraçados, cavilhados num cepo crucífero. os danados, condenados e agrilhoados por si a si-mesmos. o que é apenas uma outra forma de dor.

referência

21.3.05


o amor impossível. ele, olá, sabes quem eu sou? ela, não. ele, sou o dr. estranho amor. ela, e eu sou uma flor. ele, uma flor? ela, sim, sou um maltequer.

referência

19.3.05


o lobo que queria ser anjo mau. no bosque havia um lobo. esse facto era já estranho, por ser o lobo único e não peça de uma alcateia. mas mais estranho era o facto de o lobo desejar ter asas. e desejava ter asas porque queria ser anjo. queria ser anjo mau, para poder voar. por tardarem as asas a rasgarem-lhe o dorso, um dia decidiu o lobo, com as patas, investir sobre a aldeia. e, pelo crepúsculo, lusco fusco, foi. assomou à porta da quarta casa. estava aberta. sondou-a. nessa operação usou o focinho e os olhos. avançou sorrateiramente para o berço, em balanço curto, que estava junto à lareira. observou brevemente o que estava sob o manto com bordado vermelho. depois, lesto, devorou a criança que nele dormia. regalado de carne tenra, tornou ao bosque. e continuou a esperar as asas. as asas que tardavam em rasgar-lhe o dorso e que, como anjo mau, lhe permitiriam voar.

referência

5.3.05


juízo lento. para quem se apaixona por sorrisos, tende a chegar-lhe tarde a consciência. sempre depois da dor.

referência

4.3.05


indício. para quem se apaixona por sorrisos, o corpo vem sempre depois. ao princípio como comunhão. posteriormente como fome. é sobre essa fome que se funda uma das mais perniciosas dependências. dizê-la amor não é eufemismo. é apenas não saber o que é a dor. saber que não demorará a acontecer.

referência

2004/2022 - O Marquês (danado por © sérgio faria).